JALAPÃO: ALGUMAS DAS SUAS HISTÓRIAS

Fala viajantes! Tudo bem com vocês? Neste post damos sequência ao Jalapão. Vamos conversar não sobre seus encantos e belezas, como no post anterior, mas sim sobre algumas de suas peculiaridades e algumas de suas histórias. Histórias que são escritas todos os dias. Histórias sobre fatos e pessoas. Pessoas que seguem lá, firmes e fortes em seus propósitos. Um post com um que de reflexão. Quem vem comigo, levanta a mão! 

Para acompanhar os demais posts desta série, basta dar uma conferida abaixo:

• Jalapão: introdução a viagem;
• Sala VIP Club (doméstica) – Aeroporto de Brasília;
• Hotel Girassol Plaza – Palmas;
• Palmas: conhecendo a capital do Tocantins;
• Taquaruçu: natureza exuberante a meia-hora de Palmas;
• Jalapão: desbravando o tesouro do cerrado brasileiro.

ALMOÇO NA DONA MINERVINA 

Pois bem, seguimos com  a primeira das quatro principais personalidades escolhidas: Dona Minervina. 

Pois é, um tempero pra lá de especial. Localizado em Pindorama do Tocantins, Dona Minervina já está ali desde pelo menos 1944. Isso mesmo! O restaurante já existe há pelo menos 77 anos. Galinha caipira e um feijão tropeiro são garantias certas na comida, que até hoje segue sendo preparada em forno a lenha. 

Vale lembrar que, mesmo com 77 anos de casa, Dona Minervina não larga pé do fogão até hoje. 

COMUNIDADE PÉ DE COPAÍBA 

Pois bem, a comunidade foi fundada pelo Zé. E este é um cara diferenciado. E quando digo diferenciado, é diferenciado mesmo! Largou TUDO em prol dos seus ideais. Ambientalista nato, o Zé do Pé de Copaíba é um cara super alto astral e que acreditou desde o início no seu projeto de reflorestamento da vegetação jalapoeira. Por muitos foi taxado de louco. Hoje, após alguns anos, ajuda no reflorestamento local e tem em sua comunidade (ponto obrigatório de visitação) uma enorme variedade de espécies de plantas locais. 

Ah! E não adianta apenas chegar lá e visitar. Quem chega é sempre bem-vindo a pôr a mão na massa. Ajuda a reflorestar também! Depois de uma breve introdução, somos todos convidados a plantar uma muda escolhida muitas vezes por nós mesmos com a ajuda do Zé. E isto é o que é mais bacana. 

Sair do Pé de Copaíba sem agregar ao menos o mínimo de consciência ambiental, é impossível. Asseguro! 

BAR CASA DE SAPÊ

Em Mateiros, uma cidadezinha minúscula que você não imagina ter vida noturna alguma, mas tem! E graças ao Lira! Tal qual o Zé do Pé de Copaíba, este também é um sujeito pra lá de diferenciado. Formado em física, o Lira largou a vida estável que tinha no Maranhão tão logo descobriu o coração do Tocantins. Não pensou duas vezes: deixou para trás o emprego público concursado e resolveu montar acampamento no Jalapão com dois propósitos. O primeiro, ajudar na instrução e na educação da molecada local. E assim o faz até hoje. É professor na escola municipal. 
O segundo propósito, que veio como consequência, foi dar a Mateiros uma opção bacana de entretenimento noturno. E com qualidade. Nascia desta ideia o Bar A Casa de Sapê. Point local e que, com o tempo, tornou-se parada obrigatória para turistas e forasteiros que passam pelo Jalapão. 

Cerveja gelada e com uma caipirinha pra lá de deliciosa, o Bar Casa de Sapê deu vida a pacata Mateiros. 

DONA BENITA

Pois bem, esta tem um que especial. Jalapoeira nata, assim como a Dona Minervina lá de cima. Tem um apego e um xodó pra lá de forte com a sua terra. Escutar histórias do Jalapão vindas da sua boca é música para os ouvidos de qualquer um. Conforme prometi no post anterior, vou contar a história da origem do nome Jalapão, que escutamos todos atentamente da boca dela…
Segue: reza a lenda que passava por ali, há muitos anos, inúmeros forasteiros trazendo mercadoria da Bahia para o Norte e o Centro-Oeste. Há, na região, uma cachaça tradicional chamada Jalapa. Pois bem, os viajantes exaustos após dias de viagem, quando passavam por ali, tratavam logo de tomar algumas doses da tal Jalapa. Que de fato existe e eu provei! A foto abaixo comprova! É feita com uma espécie de batata do cerrado. Como dizia, já exaustos ao pararem nos bares, não hesitavam em pedir um Jalapão. O que nada mais é do que uma dose caprichada da Jalapa.
A minha jalapa foi um Jalapão. E não me arrependo! Ao contrário! É uma delicia! Apesar de forte e descer rasgando, diz a tradição que devemos tomar virando, porém, antes a aguardente deve ser chacoalhado na boca com uma leve respiração por uns dez segundos… Por essa, eu não esperava. Logo, vai uma dica: nunca queira ser o herói da expedição 😉 

O VERDADEIRO OUTRO LADO DO PARAÍSO…

Pois, é! Agora, a principal e mais emocionante curiosidade. Imagino que muitos de vocês tenham assistido a novela O Outro Lado do Paraíso, apresentada na Rede Globo, se não me engano, em 2018. Na novela havia um local onde era o bar do Seu Josafá, interpretado pelo ator Lima Duarte. Seu Josafá era avô da protagonista da história, Clara, por sua vez interpretada pela atriz Bianca Bin. 

Não obstante, na trama, Seu Josafá tinha seu bar incendiado. E pasmem! O bar do Seu Josafá é uma réplica perfeita do Bar da Dona Benita. Exatamente idêntico. É justamente aí onde entra a parte mais emocionante de todo este enredo.
Pois bem, a emissora gostaria de ter filmado tudo no Bar da Dona Benita e ao final, fez-lhe uma generosa proposta que foi prontamente recusada. Conforme dito, o bar precisava ser incendiado. Entretanto, por amor e paixão ao lugar, ela não pensou duas vezes. Agradeceu educadamente a cifra oferecida (e não se atreva a perguntar o alto valor do montante), mas, declinou a proposta. Com o valor oferecido Dona Benita poderia construir outro bar igual e dar um upgrade em sua vida financeira. No final das contas, a emissora tirou inúmeras fotos, fez várias filmagens e terminou construindo não longe dali uma replica perfeita, onde tudo foi de fato gravado.
Igualmente, escutar de Dona Benita histórias jalapoeiras talvez tenha sido um dos pontos mais emocionantes do passeio. Se você quiser conhecê-la, basta ir ao Jalapão e se dirigir às dunas. O bar, que também é sua casa, fica exatamente em frente a entrada das dunas. Vá com calma, tome uma Jalapa e se delicie com o aguardente e com as histórias e lendas do Jalapão

FINALIZANDO

Pois bem, e você? Conhecia alguma das histórias dessas pessoas? Se sim, conta pra gente o que achou e como foi sua experiência com elas!?
Igualmente, se ficou alguma dúvida joga sua pergunta lá. Teremos o maior prazer em respondê-lo. E nada de acanhamento, hein? Lembrando que seu feedback é sempre muito importante pra nós!
Pois bem, e agora, para não perder o hábito dos posts que expresso minha opinião particular, vamos deixar uma coisa bem clara: estas são opiniões estritamente minhas. Não reflete a opinião do Estevam, de nenhum outro colunista do portal EPM ou tampouco do Estevam Pelo Mundo como fonte de informação e pesquisa sobre viagens, companhias aéreas, hotéis e demais assuntos da mesma natureza. Vamos deixar isso bem claro.
Vamos deixar também uma outra coisa bem clara: todo e qualquer produto que além da notícias eu revise, seja ele um voo em cabine premium, um programa de fidelidade, uma agência de turismo, um destino, um lounge ou um hotel, sigo minha própria independência, bem como as diretrizes de imparcialidade do Estevam Pelo Mundo. Em assim sendo, tenho total liberdade e obrigação para com nossos leitores para pontuar, sob a minha ótica, o que acho. Seja para possíveis pontos positivos ou negativos.

QUEM SOU EU?

Lucas Cabral, editor-chefe aqui do EPM para programas de fidelidade, cartões de crédito, pontos, milhas aéreas e afins. Estou aqui precisamente desde meados de maio do ano passado. Se quer me conhecer melhor, saber quem eu sou e saber como eu vim parar aqui basta dar uma sacada no meu primeiro post, quando fui oficialmente lançado aqui no Estevam Pelo Mundo. Para isso basta clicar aqui. Igualmente, se gostou de mim ou quer ir conferindo algumas das minhas fotos de viagem e de algumas exaltações proporcionadas por milhas e pontos basta dar um follow lá no Instagram. Meu nome na rede é @lucasmcv 😉
Por fim, um grande abraço e até o próximo post!

LUCAS CABRAL

 
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