
Viajar pelo interior de Portugal nos leva a cidades históricas maravilhosas! Évora é considerada um museu a céu aberto na região do Alentejo e com razão para a fama. Com obras e construções preservadas pela Unesco, a cidade possui uma história riquíssima que vale a pena conhecer. Sendo assim, aqui estão algumas dicas do que fazer em Évora.
Com influências do Império Romano e das invasões árabes, a história da cidade é facilmente percebida em todo seu centro. Por isso, é muito fácil se sentir em um cenário cinematográfico, o que faz o lugar ser ainda mais empolgante de conhecer.
Então, vou te contar como aproveitar Évora e visitar Portugal além das agitadas cidades grandes.
Évora no roteiro de viagem
Localizada a cerca de 130 km de Lisboa, a pequena cidade é uma mina de ouro aos viajantes interessados em se sentir numa viagem ao passado. Acredito que dois ou três dias são suficientes para listar o que fazer em Évora, dando prioridade para conhecer os principais pontos da cidade. Entretanto, isso dependerá dos planos de cada pessoa e o ritmo da viagem. A recomendação para visitar a cidade é, principalmente, para quem estiver na capital portuguesa. Assim, vale esticar a viagem de carro ou de trem num trajeto que dura entre 1h30 e 2h.
Évora é uma boa parada para adicionar em um roteiro por Portugal, já que é uma cidade prática onde praticamente tudo é possível conhecer a pé. Seus principais pontos são bastante famosos, fáceis de chegar e dão aos visitantes a sensação de conhecer a história estando dentro dela.
O que fazer em Évora?
Dia 1 – Conheça a cidade de fora para dentro
O primeiro dia é reservado para conhecer Évora pelos seus velhos limites. Antigamente, a cidade era cercada por uma muralha, que hoje rodeia o seu centro histórico. Por isso, é uma recomendação para os viajantes que optarem por começar o passeio com caminhadas.
Muralhas de Évora

As muralhas de Évora são tão antigas quanto sua história. Desde o domínio do Império Romano, já existiam muros e torres construídos em pedra para proteger o centro político e administrativo. Sendo uma cidade alta, ela era estratégica para os povos que habitaram a região nos primeiros séculos.
Ao seu redor, quatro portões de acesso ficaram famosos e alguns deles ainda estão preservados até hoje. Assim, ao usarem essas passagens, os visitantes sentem-se como entrando num “museu a céu aberto”, como Évora é conhecida.
Aqueduto da Água da Prata

O Aqueduto da Água da Prata foi construído em 1537, mesmo período em que surgiram algumas das principais construções da cidade. Ele tem um percurso de 18 km e abastece uma pequena parte da região, além das próprias fontes e chafarizes dentro da cidade de Évora.
Acredita-se que sua estrutura de hoje foi aproveitada de um antigo aqueduto construído pelos romanos. Enquanto os visitantes conhecem o norte da cidade, o aqueduto é um ponto de parada para visitar de perto.
Porta do Raimundo

Ao longo da caminhada pela muralha há várias passagens que permitem entrar no centro histórico. Dentre elas, uma das principais é a Porta do Raimundo. Pelas suas dimensões, é perceptível que ela foi uma das principais formas de acesso à antiga Évora.
Ruínas Fingidas e Jardim Público
Logo após entrar no centro de Évora pela Porta do Raimundo, o Jardim Público está localizado logo à frente. Este é um local com algumas construções que ficam em meio à área verde, utilizada pelos locais como espaço de lazer.
As Ruínas Fingidas recebem esse nome porque, diferentemente de boa parte das construções que datam de 2.000 a 500 anos, estas na verdade são bem recentes. Isso porque seus projetos fazem parte do próprio parque, estruturado a partir do século 19 e com as edificações construídas com ruínas de obras mais antigas.
Dia 2 e 3 – Explore o centro histórico
O centro da cidade reserva muito o que fazer em Évora! A depender de quantos dias você ainda terá visitando-a, priorize quais os seus interesses porque ela tem muita história para contar. Sendo assim, listei as principais atrações que não podem ficar de fora numa visita a Évora.
Praça do Giraldo

Independente de qual portão da muralha você use, todas as ruas levam ao principal centro de Évora e a Praça do Giraldo. Projetada no século 16, o espaço é considerado coração da cidade. A praça tem como principais referências a Igreja de Santo Antão e arquitetura antiga, que ainda mantém comércios e estabelecimentos.
Complexo da Igreja de São Francisco e Capela dos Ossos

A Igreja de São Francisco faz parte de um enorme complexo que levou centenas de anos para ser construído. Iniciado no século 14 com a obra da igreja, o espaço acabou sendo ampliado anos depois com a criação do convento.
Entretanto, com o fim das ordens religiosas no local a enorme estrutura foi aproveitada para se tornar, a partir do século 19, um núcleo museológico.
Uma das principais atrações da cidade, e também mais estranhas, é a Capela dos Ossos. O nome é literal já que o espaço é coberto por ossos humanos.
Feita no século 17, a construção tem o objetivo de expor uma reflexão sobre a fragilidade da vida. Os cadáveres foram recuperados de enterros ligados ao convento e utilizados para cobrir as paredes e pilares do local.
Além da decoração exótica, iluminação fraca também faz com que alguns turistas não se sintam confortáveis em visitar a Capela dos Ossos. Mas, aos interessados, é uma experiência única aos visitantes de Évora.
Sé de Évora e Templo Romano

No ponto mais alto da cidade, estão localizados outros dois dos seus pontos mais antigos e famosos. O Templo Romano tem quase 2.000 anos e foi construído nos princípios da cidade em homenagem ao Império de Augusto. Apesar da idade, o lugar, que ficou conhecido como Templo de Diana durante muitos anos, só recebeu intervenções de recuperação a partir do século 19.
Além disso, devido a modificações sofridas e invasões a cidade ao longo da história, hoje a obra está em ruínas e não permite que visitantes subam. O Jardim de Diana, que fica logo à frente, é um ótimo espaço para admirar a vista não só do local, como também da cidade de Évora do alto.
Bem perto do templo, está a Sé de Évora, construída em 1186 e preservada como a maior catedral da Idade Média em Portugal. Como uma das principais obras da cidade, uma visita interna e ao terraço da construção também fazem parte do principal roteiro turístico.
Apesar de pequena, Évora reserva muita coisa para os viajantes e merece uma visita no melhor período para ir ao Alentejo. Conhecer os principais pontos já faz com que a viagem de poucos dias seja extremamente rica. Por fim, aos curiosos sobre a história da cidade, vale a pena passar mais alguns dias e ampliar o roteiro, sobretudo, para aproveitar as estadias em conta, bons restaurantes e se abastecer com bons vinhos do Alentejo!
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Considerações
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